O primeiro dia do mês de maio é considerado feriado em alguns dos países do mundo. A data surgiu em 1886, quando trabalhadores americanos fizeram uma paralisação no dia primeiro de maio para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento se espalhou pelo mundo e, no ano seguinte, trabalhadores de países europeus também decidiram parar por protesto. Em 1889, operários que estavam reunidos em Paris (França) decidiram que a data se tornaria uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito greve três anos antes.
Além de ser um dia de descanso, o 1º de maio é uma data com ações voltadas para os trabalhadores. Não por acaso, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi anunciada no dia 1º de maio de 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas. Por muito tempo, o reajuste anual do salário mínimo também acontecia no Dia do Trabalhador.
Dia de luta e de reflexão, hoje podemos analisar alguns pontos:
1. 1. Taxa de desemprego acelerada por razões já conhecidas, a pandemia.
2. 2. Queda no nível de informalidade do mercado de trabalho, seria em geral até uma boa notícia, porque significaria um aumento do emprego com carteira (de proteção social, como seguro-desemprego e aposentadoria), mas não, hoje representa que os segmentos mais vulneráveis estão sendo mais atingidos pelo efeito da crise, da pandemia.
3. 3. Sinaliza o impacto da crise sobre os grupos mais vulneráveis, por exemplo das empregadas domésticas e diaristas. Muitos empregadores abriram mão do serviço sem, entretanto, manter os pagamentos.
O tamanho da fragilidade da sociedade brasileira diante do coronavírus é o tamanho da sua crise do trabalho. A solidariedade sempre é bem-vinda e apenas esse pensamento insurgente poderá nos fazer atravessar esse cenário.
Além de sobreviver a essa crise, brasileiros e brasileiras, nessa data, temos que repensar e reivindicar novas políticas de promoção do trabalho digno e protegido face ao iminente colapso da nossa economia brasileira.
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