quarta-feira, 27 de maio de 2020

Políticas Afirmativas X Educação





Enfrentamos ainda os efeitos do período colonial, ou seja, saímos das senzalas e atualmente, estamos em favelas, comunidades, periferias, é nítido os desequilíbrios sociais e econômicos que deixam a população negra no rodapé da pirâmide social.
Em tempos de crise de Pandemia, com milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados, a realidade fica ainda mais grave para negros e negras, já que sofrem processo natural de exclusão mediante ao preconceito e ao racismo na sociedade e no mercado de trabalho, sem contar os altos índices de violência de todas formas imagináveis, física, psicológica, moral, institucional, a lista fica imensa.
Nessa perspectiva, temos Políticas afirmativas que são atos ou medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo Estado, espontânea ou compulsoriamente, com os objetivos de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantir a igualdade de oportunidades e tratamento, compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização.
Mas, só isso seria o suficiente para eliminar essa desigualdade histórica?  As Políticas afirmativas são fundamentais para o processo, porém o Poder Público deve pensar no acesso que a população negra tem as mesmas.
Não é novidade a questão da vulnerabilidade da grande parte da população negra, que sem acesso à Educação de qualidade, a saúde, a segurança pública (enquanto proteção do cidadão), moradia, saneamento básico fica a margem da sociedade, sendo sua fala silenciada.
Fora do espaço de fala e de poder ficamos realmente esperando que outros falem por nós, que outros lutem por nossos direitos, enfim que tenham empatia com a causa. É emergente transformar essa realidade, atuando no enfrentamento, denúncia e construção para uma efetiva garantia dos direitos humanos a toda população negra.
Ser negro, sentir como negro, só sendo negro.

terça-feira, 26 de maio de 2020

O caminho é a Oração






Essa é a primeira parte do livro Nada pode calar uma mulher de fé de Eyshila Santos e pude refletir que o único caminho é a Oração.

A Oração nos instrumentaliza, nos dá estratégias para vencermos os obstáculos, pois estabelecemos um relacionamento íntimo com Deus, que tudo sabe e tudo vê, mas quer nos ouvir com todo Amor, Paciência, Misericórdia.

Quando pensamos em caminho, logo pensamos em trajeto, como chegar a um lugar. Sinceramente, pensamos muitas vezes em um atalho, uma forma de chegar mais rápido, e nem sempre é a mais segura.

Assim, fazemos com nossas vidas. Tentamos desviar de tudo que nos causa um desconforto, uma dificuldade. São justamente essas situações que Deus usa para nos lapidar e nos permite nos reconstruir, deixar o passado e viver uma vida futura plena. Isso Deus nos garante.

O papel da mulher mudou dentro da sociedade e das famílias, muitas são provedoras e isto tem causado um acúmulo de funções, somos multifuncionais, somos cobradas muitas vezes covardemente.

Diante de tudo isso, somos vitoriosas, somos mulheres de sucesso, suportamos dores e dificuldades imagináveis, com Deus podemos tudo.
Nesse caminho da vida, a oração é uma arma poderosíssima, que nos aproxima de Deus, fazendo com que tenhamos fé numa vida vitoriosa, não sem dificuldades, mas teremos a convicção que Ele estará no barco em todo tempo, até o fim.

Frases marcantes nessa parte do livro:

“Acontece que aquilo que beira a impossibilidade é combustível na mão de uma mulher desbravadora”.

“Uma mulher verdadeiramente empoderada é uma mulher segura do amor de Deus. Não há mulher mais empoderada do que uma mulher amada. ”

“Ele sabe, mas quer ouvir da nossa própria boca palavras de alegria e gratidão. Isso é, relacionamento. Isso é vida de oração”.

“Nossas lágrimas geram algo no mundo espiritual. Se a fala é uma expressão do que há em nossa mente, o choro é uma expressão do que há em nosso espírito. ”

“A grande verdade é que tudo que está fora do nosso controle nos incomoda. Então decidimos nos preocupar com aquilo que não podemos controlar. Estar no controle é coisa de Deus."

Deus os abençoe.

domingo, 24 de maio de 2020

Racismo Estrutural X Segurança Pública







Essa semana em meio a Pandemia, a morte de um adolescente de 14 anos, durante ação da polícia civil no Complexo do Salgueiro no Rio de Janeiro, repercutiu e causou comoção entre as redes sociais e demais meios de comunicação.
Mais um jovem negro assassinado e isso tem acontecido desde sempre. E as desculpas dadas são as mais variadas:  relacionamento com pessoas erradas, envolvimento com tráfico e crimes. E agora?
Era apenas um menino e estava brincando dentro de sua casa quando foi atingido. Dentro de sua casa, com sua família, onde estaria protegido. Mas não é bem assim.
O sofrimento das pessoas que vivem nas periferias é intenso e dilacerador. Julgamentos da sociedade, que não imaginam o que é viver a margem. Viver sem educação de qualidade, sem acesso a saúde e ao saneamento básico, sem segurança pública, são marginalizados e vivem da sorte, a mercê de qualquer situação absurda como essa.
Pessoas que vivem nas periferias, nas favelas, tem histórias como a minha, como a sua; tem uma família como a minha, como a sua; deveriam ter as mesmas oportunidades, mas não tem; deveriam ter seus direitos preservados, mas são violados. Deveriam, mas não tem.
Racismo? Muitos insistem que não, pois não refletem sobre a história. Quem está nas periferias? Na grande maioria é o povo negro. Coincidência? Não, consequência de um processo histórico, que nos marginaliza.
Os policiais não sabiam em quem atirou, mas temos que ter a convicção que aquele espaço, reafirma e denúncia constantemente a desigualdade social e o racismo estrutural, que faz com que enxerguemos apenas uma ponta do iceberg.
Vidas negras importam, vidas importam.


quinta-feira, 14 de maio de 2020

Saúde Mental dos professores, uma reflexão emergente





Muitas mudanças que têm ocorrido em relação à função do professor, como a fragmentação do seu trabalho, a complexidade das demandas que lhe são impostas, ampliação das responsabilidades e exigências, principalmente aqueles que atuam em regiões de maior vulnerabilidade social e econômica, isso tem causado o adoecimento físico e mental desse profissional.

Esse assunto, tenho propriedade para falar, pois vivencio essa realidade a 23 anos, as mudanças são gritantes e nossas necessidades atuais deveriam ser contempladas nas Políticas Públicas voltadas para a Educação. O professor de hoje, não é o mesmo de 20 anos atrás...

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho docente é um dos mais estressantes, pois ensinar se tornou uma atividade desgastante, com repercussões evidentes na saúde física, mental e no desempenho profissional. Uma das formas de adoecimento mais frequente entre os professores são os transtornos mentais, como apatia, estresse, desesperança e desânimo, depressão, síndrome do pânico.

Aposentadoria por invalidez e constantes afastamentos são uma das expressões observadas durante o processo de adoecimento. E não podemos deixar de citar a qualidade no processo de aprendizagem, que acaba por ter um déficit sim, principalmente em relação ao relacionamento entre professor e aluno, no processo de mediação entre o conteúdo.

Essa discussão deverá permear o cenário educacional e político, o destino dos RECURSOS FINANCEIROS deverá contemplar essa temática, a SAÚDE DO PROFESSOR, expressando em POLÍTICAS PÚBLICAS de Prevenção, Tratamento e Promoção da Saúde desse profissional tão valioso e indispensável para a construção de uma sociedade justa e igualitária.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

ENQUETE: QUAL SERÁ O PRÓXIMO LIVRO DO NOSSO CLUBE CRISTÃS E LEITORAS?


NOS COMENTÁRIOS ESCREVA SUA OPÇÃO E O MOTIVO DA ESCOLHA.





LIVRO 1: A MOEDA DE JOYCE MEYER
A moeda, Jenny Blake não fazia ideia de como sua vida mudaria no verão de 1955. No dia em que ela para e pega uma  moeda presa no asfalto quente, a menina desencadeia uma série de acontecimentos que transformarão sua vida e a daqueles que a cercam. Jenny começa uma amizade  inusitada com a srta. Shaw. Juntas começam a confrontar segredos do passado de ambas . E nesse processo, elas descobrem que grandes decisões não costumam resultar em muita coisa, mas pequenas decisões às vezes transforma tudo.
Joyce Meyer é uma das principais líderes no ensino prático da Bíblia em todo mundo e autora de best-sellers do New York, sendo autora  de mais de setenta livros inspiradores.

LIVRO 2: JESUS E AS MULHERES, O QUE ELE PENSA DE NÓS DE SHARON JAYNES
Jesus manteve encontros marcantes com diversas mulheres. São momentos que revelam uma excelente amostra de como ele as  valorizava.
A autora apresenta episódios de Jesus com mulheres como Maria, sua mãe, Maria Madalena e Marta, mostrando-nos  como Jesus rompeu a tradição religiosa, que reservava à mulher uma condição indigna, fruto do preconceito e da insensibilidade da sociedade da época.
Sharon  Jaynes autora e preletora internacional que combina princípios bíblicos e aplicação prática.

Recursos financeiros da Educação X Educação Remota



A Educação estava precisando de transformação, de mudança. O mundo precisou parar, para que pudéssemos refletir sobre a desigualdade social e de acesso ao conhecimento acadêmico; a pandemia somente intensificou o que já existia.

Com o fechamento das escolas é necessário pensar em ações práticas para que a aprendizagem remota se torne real aos alunos, fortalecendo a aprendizagem e o ensino de qualidade que defendo.

Precisamos ter claro, que uma situação é o aluno ter acesso ao facebook, e outras mídias sociais, outra totalmente diferente é a Educação Remota. A escola pública não está preparada para tal, não somente pela questão da formação dos profissionais que atuam, sim isso, é um fator que dificulta a implantação, mas o principal ponto de discussão a partir de agora, são os RECURSOS DESTINADOS A EDUCAÇÃO.


A educação remota pode ser uma realidade e possibilidade frente a Pandemia, mas não podemos perder de vista a EDUCAÇÃO PARA TODOS, conforme prevê a Constituição em seu artigo 205, “A educação, direito de todos de dever do Estado e da família, será promovida e incentiva com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho ”e na Lei de Diretrizes e Bases onde estabelece o princípio da igualdade de condições e permanência na escola.”

Muitas deverão ser as discussões sobre os RECURSOS DESTINADOS À EDUCAÇÃO; educação de qualidade não se faz somente com a boa intenção dos educadores, mas se faz com os recursos financeiros adequados. Mais do que nunca, a sociedade deve cobrar do poder público a ampliação e uso desses para que o conhecimento acadêmico seja transmitido a todos.

A escola deve chegar a todas as crianças: periféricas, indígenas, quilombolas.

Reflitamos sobre os recursos financeiros para que realmente a EDUCAÇÃO PARA TODOS seja uma realidade SOMENTE ISSO, PARA TODOS SEM EXCEÇÃO, PRINCÍPIO DE DIREITO E IGUALDADE DE ACESSO.

sábado, 9 de maio de 2020

As surpresas da vida





Dificuldades para concluir os estudos, aborto espontâneo, separação, perda de papai, doença de mamãe, enfim como diria papai, “um soldado se forja na guerra, aprendemos estratégias de luta, de combate, mas só diante dela aprendemos quando e como usar cada uma delas.

Tudo que relatei até aqui, em algum momento fui construída enquanto pessoa, ser social e fez diferença em minha trajetória, no caminho, mas os obstáculos fizeram com que eu tivesse que passar por um processo de reconstrução, de voltar os olhos para meu interior e ver que estou viva e tenho que prosseguir, parar de perguntar o porque das dificuldades e tentar encará-las com oportunidade de crescimento nas diferentes áreas da vida. Parar de me vitimizar e ir a luta.

O projeto Eu, mulher negra, resisto e me empodero, foi essa tentativa de fazer-me sobreviver, de ver que minhas dores, são as dores de outras, e que em alguns momentos as das outras poderiam ser maiores que as minhas. E que sim, poderia contribuir de alguma forma para que a vida de outras mulheres fosse reconstruída, assim como a minha. 

E que tive uma escola acadêmica e não acadêmica, uma preparação para todo o enfrentamento frente as batalhas normais da vida e contra a própria sociedade que insistem em fazer com minha voz, assim como uma grande maioria fique silenciada.

Como já disse Deus é muito bom, generoso comigo, colocou em minha vida a presidente do Clube 28 de setembro, Edna Oliveira, que apoiou o projeto e além disso me indicou para o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.

Deus me preparou uma nova surpresa, acabei não sendo conselheira, mas Presidente do Conselho dos Direitos da Mulher, me possibilitando muitos aprendizados, experiências e visibilidade. Parece pouco, mas diante de uma sociedade que não suporta a ideia de dar vozes aqueles que querem calar (mulheres, negros, idosos, crianças), sim representa uma representatividade discreta, mas está sendo um novo começo de uma nova trajetória.


“Me reconstruiu e me tornei uma mulher que acredita em mim e no meu potencial e principalmente no amor de Deus, que me faz sim para ser feliz, e fazer a diferença no espaço de poder e de fala.” Professora Ana Cristina


terça-feira, 5 de maio de 2020

Confrontações da vida e possibilidades de futuro




Deus me proporcionou muitas experiências especiais. Algumas incríveis e inesquecíveis, outras difíceis, houveram momentos onde duvidei que não suportaria devido as dores e dificuldades impostas pela vida.

Meus pais sempre me incentivaram a ter acesso a diferentes formas de aprendizagem, ao conhecimento e a cultura. E olha que eles faziam de tudo para eu não me preocupar. As impossibilidades financeiras da família eram grandes, mas reafirmo, o amor e a segurança transmitida por eles foram usadas como armas contra o preconceito e os grandes impedimentos que vivenciaríamos no futuro para obter o CONHECIMENTO.

Divido minha vida em duas partes. A cultura e o esporte. A cultura porque logo cedo, por incentivo de uma professora, fui introduzida ao universo musical. Comecei a tocar flauta, depois aprendi um pouco de piano, violino e até bateria. Isso me proporcionou aprendizagens não acadêmicas, como atenção, disciplina e raciocínio.

Nesse meio tempo obtive meu diploma no Magistério. Naquela época, a formação técnica era importante, pois a Universidade não fazia parte da realidade dos menos favorecidos. Paralelo a isso também me formei em Processamento de Dados. Minha vida eram os livros e cadernos. Estudava pela manhã, tarde e noite.

O esporte chegou dentro de uma quadra.  Jogava basquete no Divino Jundiaí. A modalidade me proporcionou viagens, conhecer pessoas, aprender a trabalhar em equipe, disciplina, atenção, raciocínio, força, superação, vontade de vencer, dedicação e abdicar do tempo ao estabelecer certas prioridades. Enquanto as amigas passeavam eu descansava para os jogos e competições. Deus me ensinou que na vida temos de fazer escolhas e chegou determinado momento onde isso foi inevitável. O basquete me fez perceber que teria de abrir mão da minha família e de outros projetos.

Enfim, resolvi parar de jogar e intensificar os estudos. Meu pai sempre valorizava a importância do diploma. Para dar continuidade a tão sonhada Universidade foram anos de sacrifício. Trabalho duro de segunda a segunda, faxina em consultórios médicos e cheguei até carpir terrenos. Só Deus sabe como consegui. Todo esforço foi válido para conseguir terminar meus estudos. Me formei em Pedagogia em 2003, mas não pude ter a formatura que tanto sonhei. Acabei como convidada de uma amiga de classe. 

No entanto meus pais sempre diziam para ser grata a Deus mesmo diante das dificuldades. Deus me daria possibilidades e te fortaleceria, pois no final tudo valeria a pena. Sempre confiei nisso.

Posteriormente, tive a possibilidade de complementar minha formação universitária, pela Prefeitura Municipal de Jundiaí. Me especializei na Educação Inclusiva, tanto com crianças com deficiência (sala de Atendimento Educacional Especializado), quanto com crianças e adolescentes com Transtornos e dificuldades de aprendizagem (Núcleo de Apoio a Aprendizagem e clínica particular).

Enfim, a cada passo, uma construção, a cada degrau uma aprendizagem que me permite hoje ter uma visão da importância da valorização da Educação, enquanto direito fundamental. Educação capaz de determinar o crescimento do país, e se tiver qualidade formar cidadãos conscientes, questionadores, engajados e capazes de promover mudanças na sociedade.

domingo, 3 de maio de 2020

Quem eu sou?






Muitas vezes tive esse pensamento, essa dúvida. Como me constituí ou como me tornei o que sou? Sou um pouco de tudo com certeza. Um pouco das pessoas que passaram por minha vidas, dos lugares onde vivi, das experiências boas e ruins, inesquecíveis ou esquecíveis por conveniência ou não.

Fazendo essa autoanálise, me defino uma pessoa muito abençoada. Só por isso percebo o quanto Deus foi Generoso e Amoroso em cada detalhe, em cada situação. Nostalgia? Não, gratidão.

Deus me deu uma família maravilhosa. Sou filha do Seu Geraldo (in memorian, ferroviário da FEPASA) e da Dona Ana, Chicletinho, enfermeira, que abdicou de sua profissão para criar cada filho de sua maneira, mas com muito amor. Fui muito esperada e muito amada, por todos. 

Como toda criança sempre fui questionadora. E logo de cara percebi a ausência de uma festa de um aninho, como na época era costume. Segundo conta minha família, meu papai havia guardado o dia (com certeza seria especial), porém minha tia havia falecido há pouco tempo e ele com seu enorme coração usou o dia para ajudar meus primos. 

Quando cresci pude perceber a ausência de fotos desse aniversário. O questionamento foi inevitável, mas foi nesse momento que minha família solidificou características em minha vida. Entre elas aprendi o que é ser solidária, como amar ao próximo, e trabalhar com empatia em  todas as ações. 

Minhas memórias de infância são maravilhosas. Aprendi a dar valor ao que não era palpável. Por mais que desejasse ter brinquedos, viajar, ter roupas e sapatos de marca descobri em cada gesto de meus pais o amor, a proteção, a alegria de um sorriso, a paz, ternura,  entre tantos outros sentimentos capazes de suprir tudo o que era material. 

Não posso ser hipócrita. As dificuldades e as vontades vieram, mas fui ensinada a ter limites, a dar valor a cada conquista, pois teria de fazer sacrifícios e estabelecer prioridades.

Com apenas seis anos tive meu primeiro enfrentamento pelo fato de ser negra. Esse foi o start para eu perceber minha raça. Até então acreditava ser igual a todos. Uma colega de classe disse que eu pobre e preta, que não poderia ser a noivinha. Fecho os olhos e lembro de meus pais, junto a minha professora, dizendo que eu podia ser o que eu quisesse, tudo dependeria exclusivamente de mim.

Deus me deu uma linda família. Colocou em meu caminho pessoas que contribuíram com minha formação e me fizeram entender quem realmente sou. 
Todos os dias ao levantar sinto dentro de mim uma energia capaz de contagiar pessoas. Essa força me faz acreditar que posso ir onde quiser. 

Não há limites ou gigantes capazes de me parar. Sabe por quê? AS ÚNICAS PESSOAS QUE PODEM ME DETER SÃO DEUS E EU MESMA.

Entrevista: Lei Maria da Penha e suas implicações

  Segue abaixo entrevista entre a locutora Ana Cristina e a Dra. Rosmary Correa (Delegada Rose) veiculada no programa “Resisto e Empodero”...