Nós, mulheres, somos maioria na base da organização de movimentos
sociais, mas ainda somos minoria nos cargos políticos e também na participação
de partidos políticos, o mesmo podemos observar em espaços de direção de
empresas privadas e de organizações.
Mesmo a sociedade apresentando avanços em relação à igualdade entre
homens e mulheres, nós, mulheres ocupamos ainda cargos de menor peso nas
grandes decisões políticas e ocupamos as de menor prestígio no mercado de
trabalho. As posições de poder ainda são ocupadas em sua maioria por homens, destinando
aos mesmos, atividades do espaço público e às mulheres, as do espaço privado.
As diferenças se acentuam quando investigamos a interseccionalidade da
dimensão de gênero com classe, raça / etnia. Frente a diversos tipos de
preconceito e discriminação, as mulheres negras têm ainda menos acesso aos
espaços de poder e decisão que as mulheres brancas, por exemplo.
A participação ativa das mulheres é indispensável para construção da
democracia e da cidadania e assume um caráter crítico e reflexivo na construção
das plataformas feministas dirigidas ao poder público. É fundamental, na
construção de Políticas Públicas que atuem nas estruturas sociais que
reproduzem e reafirmam a desigualdade.
Medidas legislativas, como cotas de participação nos processos
eleitorais, são fundamentais para garantir o acesso das mulheres aos postos de
decisão. Além disso, fortalecimento das Secretarias Estaduais e Municipais de
Políticas para as Mulheres, para que possam contribuir para um novo modelo de
gestão em defesa da autonomia das mulheres e igualdade como pressupostos e
princípios de suas ações e políticas, bem como o combate a não violência, ao
feminicídio.

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